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14 de fev. de 2016

Come eu era antes de você - o tão comentado livro de Jojo Moyers.

Quem acompanha o blog já deve ter notado que eu não sou lá muito fã de romances. Não é que eu não goste, mas sempre fui mais chegada ao suspense, terror e fantasia, e acabo negligenciando os outros gêneros as vezes.

Por isso eu adotei uma ideia da qual gostei muito, que vi no instagram da querida Helena, do blog Leituras e Gatices. A ideia geral é sortear as próximas leituras, a partir de um potinho com títulos.

Como eu era antes de você foi um daqueles livros que comprei de tanto que as amigas falaram, o preço estava bacana, então levei. Se ele não tivesse sido escolhido do meu potinho ia passar um bom tempo pegando pó na estante, até que um dia eu finalmente decidisse lhe dar uma chance.

Ele pode ser lidos em um único dia, o que eu gosto muito. Tem uma proposta bem bacana, que é falar de pessoas, que de uma hora para a outra veem sua vida completamente transformada sem nenhuma chance de retorno.

Isso é realidade para todos os personagens. Mesmo que a vida de Will, um jovem CEO que  acaba tetraplégico após um acidente, possa parecer a única prejudicada pelo destino, os outros personagens também tiveram sonhos arrancados e perceptivas frustradas. Desde a jovem inteligente com um futuro promissor que acaba gravida antes da hora e a jovem alegre e cheia de planos que acaba se conformando com uma vida medíocre após um grande trauma, até o pai de família que se vê incapaz de garantir o sustendo da mulher e das filhas. Acho que o ponto principal da história é realmente esse, mostrar que o ser humano é capaz de suportar muitas decepções, mas que também não é capaz de lidar com outras, que para algumas pessoas as dificuldades as vezes são mais do que podem aceitar.

É um romance escrito com o objetivo de comover, isso é inegável, mas mesmo assim não pareceu forçado, não senti como se a autora tentasse me obrigar a chorar em cada capitulo, como as vezes sinto ao ler obras de outros romancistas.

Uma coisa que me incomodou um pouco foram os capítulos cedidos a outros personagens. Em alguns momentos a autora cede um capitulo ou dois para mostrar as perspectivas de outros personagens, eu achei esses capítulos desnecessários, já que eles aparecem aleatoriamente e nos momentos mais inconvenientes. Acho que esse macete de escrita tem que ser empregado com muito cuidado, para atingir o objetivo, que é o de fazer com que fiquemos curiosos e incapazes de parar. Um exemplo de sucesso desse método foi empregado em Game of Thrones de George R. R. Martim. Outro ponto triste é que nenhum desses capítulos foi dedicado a acompanhar Will, o único que realmente merecia um capitulo próprio.



Fonte : Wikipedia - disponível
em: https://pt.wikipedia.org/wiki/Intouchables
Acesso em : 14/02/2016
A edição da Intrínseca deixou um pouco a desejar, mesmo distraída do jeito que eu sou, notei alguns erros de  formatação e isso é bem triste. Fora isso é um livro bonito, com  folhas levemente amareladas, capa grossa e uma arte bonita na capa ( como costuma ser com a editora).

Eu ainda não vi o filme, mas pretendo, sempre gosto de assistir adaptações ( nem que for para falar mal depois). Para quem gostou do livro, eu recomendo um filme cujo titulo traduzido para o português é Os Intocáveis, um filme dos meus filmes favoritos, e embora trate de uma forma diferente de amor, traz uma mensagem incrível de aceitação e superação.

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